PODER EXECUTIVO NO VALE DO MAMANGUAPE
Na República Federativa do Brasil o governo federal executivo é exercido pelo Presidente da República, o vice-presidente da República e os Ministros de Estado. Nos estados o executivo encontra-se na autoridade do Governador do Estado, O Vice - governador e os Secretários de Estado. O poder executivo municipal é exercido pelo Prefeito do município, o Vice – prefeito e o secretariado municipal (auxiliares diretos), que assessoram o prefeito nos assuntos relacionados a educação, saúde, transportes, infra-estrutura entre outros. O Poder executivo é o único exercido monocraticamente, ou seja, por uma única pessoa.
MARCAÇÃO
1997/2000
Prefeito: Gilberto Gomes Barreto / Vice: Selma Mª de Oliveira Silva
2001/2004
Prefeito: Gilberto Gomes Barreto / Vice: Teônia
2005/2008
Prefeito: Paulo Sérgio da Silva Araújo / Vice: Iris Bezerra Falcão
2009/2010
Prefeito: Paulo Sérgio da Silva Araújo / Vice: Valdí Fernandes (O prefeito e o seu vice foi cassado por captação ilícita de sufrágio com fins eleitoreiro).
10/09/2010 - 31/12/2010
Prefeito Interino: Edfrance dos Santos Silva (Presidente do Poder Legislativo municipal para o biênio 2009/2010 assumiu como Prefeito interino até 31 de dezembro de 2010, por motivo de impedimento do titular do mandato que teve seu mandato cassado).
01/01/2011 - 05/04/2011
Prefeito Interino: José Edson Soares de Lima (Presidente do Poder Legislativo municipal para o biênio 2011/2012 assumiu como Prefeito interino até 05 de abril de 2011, por motivo de permanência de impedimento do titular do mandato que teve seu mandato cassado).
CAPIM
1997/2000
Prefeito Constitucional: João Batista Rocha / Vice: João Cardoso dos Santos
2001/2004
Prefeito Constitucional: João Batista Rocha / Vice: João Cardoso dos Santos
2005 / 2008
Prefeito Constitucional: Euclides Sérgio C. de Lima / Vice: José Bento Batista
2009/ 2012
Prefeito Constitucional: Euclides Sérgio C. de Lima / Vice: Sebastião do Nascimento
BAIA DA TRAIÇÃO
1962/1966
Prefeito: João Soares Padilha / Vice: Alfredo Florentino
1967/1969
Prefeito: Oscar Jerônimo Freire / Vice: Jose Bezerra Falcão
1970/1973
Prefeito: Sebastião Francisco da Silva / Vice: Alfredo Florentino
1973/1977
Prefeito: José Barbosa da Silva / Vice: Daniel Santana
1977/1980
Prefeito: Sebastião Francisco da Silva/ Vice: João Pedro do Nascimento
1980/1983
Prefeito: João Pedro do Nascimento (conclui o mandato do titular)
1983/1988
Prefeito: José Maximo Sobrinho / Vice: João Borges
1989/1992
Prefeito: João Pedro do Nascimento / Vice: João Borges
1993/1996
Prefeito: Iraci Cassiano Soares / Vice: José Maximo Sobrinho
1997/2000
Prefeito : Marcos Antônio dos Santos / Vice: José Alberto Dias Freire
2001/2004
Prefeito : Marcos Antônio dos Santos / Vice: José Alberto Dias Freire
2005/2008
Prefeito : José Alberto Dias Freire / Vice: Adelson Deolindo da Silva
2009/2012
Prefeito : José Alberto Dias Freire / Vice: Adelson Deolindo da Silva
MATARACA
1965/1968
Prefeito Constitucional: Ildefonso de Menezes Lyra /Vice: José Ivo Bessa
1969/1970
Prefeito Constitucional: José de Azevedo Filho / Vice Jose Tavares Bezerra
1971 / 1972
Prefeito Constitucional: Jose Tavares Bezerra / (Substituiu o titular por motivo de falecimento)
1973/1977
Prefeito Constitucional: Ildefonso de Menezes Lyra / Vice: José Ivo Bessa
1977/1982
Prefeito Constitucional: João Madruga da Silva / Vice: Humberto Cavalcante da Cruz
1983/1988
Prefeito Constitucional: Ivan de Menezes Lyra / Vice: José da Cruz Bessa
1989/1992
Prefeito Constitucional: José da Cruz Bessa (Ubirajara)/ Vice: José Maria da Costa
1993/1996
Prefeito Constitucional: Eliane Maria Cavalcante Lyra / Vice: Antônio Isaias B. Filho
1997/2000
Prefeito Constitucional: José da Cruz Bessa (Ubirajara) / Vice: José Maria da Costa
2001/2004
Prefeito Constitucional: Claudia Arnaldo de A. Araújo / Vice: Floriano Bezerra da Silva
2005/2006
Prefeito Constitucional: Ivan de Menezes Lyra/ Vice: João Madruga da Silva
2007 / 2008
Prefeito Constitucional: João Madruga da Silva / (Substituiu o titular por motivo de falecimento)
2009/ 2012
Prefeito Constitucional: João Madruga da Silva / Vice: Karine Lira Bessa
Cassio Marques/cel: 88534784/ baraocassio@hotmail.com
Os municípios de Capim, Cuité de Mamanguape, Itapororoca, Curral de Cima, Pedro Régis, Jacaraú, Mataraca, Marcação, Baia da Traição, Rio Tinto e Mamanguape compõe o Vale do Mamanguape.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
O VALE DO MAMANGUAPE E SEUS TOPÔNIMOS
O VALE DO MAMANGUAPE E SEUS TOPÔNIMOS
BRASIL
Segundo a versão mais defendida pelos etimologistas, o Topônimo de nosso país Brasil vem da grande quantidade de Caesalpinia echinata ou Pau-brasil como e popularmente conhecida essa árvore que existia em abundância pelo nosso litoral. A árvore despertou a atenção dos navegantes, pelo interesse que a mesma despertava nas atividades mercantilistas têxtil da Europa, o Pau-brasil era usado para tingir tecidos. Neste sentido nosso país foi denominado inicialmente de Monte Pascoal por te sido descoberto na época da pascoa, seguido de Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz e enfim Brasil.
PARAÍBA
Já a origem do topônimo do estado da Paraíba vem do termo do tupi-guarani pa`ra (rio) e a`iba (ruim, impraticável), segundo o etimologista Antenor Nascentes. É fato que este topônimo foi atribuído ao principal rio da região (Rio Paraíba) e posteriormente passou a designar a capitania, elevada à condição de província em 1822, e a de estado em 1889 com a proclamação da república.
Entretanto, outras fontes acreditam que essa mesma palavra provém do nome indígena para a arvore Simaruba versicolor, que floresce abundantemente na região e é popularmente denominada da Pau-paraíba.
MATARACA
O topônimo do município de Mataraca vem do tupi (Monte de Formiga), referencia dada pelos Potiguara as bravas formigas “Raca” existente na região e seus formigueiros que destruíam as plantações, ou seja, conforme os agricultores tentavam: matar raca, deu-se origem ao termo Mataraca. A história de nosso município está ligada ao apogeu vivido pela região do Vale do Mamanguape e a cidade de Mamanguape, entre o fim do império brasileiro e o início da república. Em nossa região havia diversos sítios e chácaras que produziam para se comercializar nas feiras da região. Existem relatos de anciões da comunidade que falam dos sítios de Mataraca se referindo a região ao norte do rio Camaratuba. Era comum o termo: “sou lá de Mataraca”. Neste sentido a área dos sítios tornou-se distrito em 1908 e cidade com o topônimo Mataraca em 1966.
RIO TINTO
O primeiro topônimo da cidade de Rio Tinto foi Nova Descoberta dada pelos Lundgren logo após a aquisição do Engenho Preguiça, posteriormente ao observarem um riacho de cor avermelhada que cortava o engenho, rebatizaram o local como Rio Tinto. As águas que eram avermelhada em seu leito, tornava-se límpidas ao ser amparadas, o referido riacho hoje denomina-se Rio do Gelo.
Até chegar a condição de município, Rio Tinto viveu uma evolução territorial que teve inicio nas terras do Engenho Preguiça, propriedade adquirida pela família Lundgren em 1917 para a construção de uma fabrica têxtil que deu origem a Companhia de Tecido Rio Tinto, empreendimento que transformou a região em uma verdadeira cidade atraindo gente de todas as regiões da Paraíba e até alguns estrangeiros.
CAPIM
O Topônimo do município de Capim, justifica-se por registros e relatos extraídos dos anais da história da Paraíba, nos meados do século XVIII, os agricultores que possuíam seus roçados nas proximidades do Rio Mamanguape, sofriam com as cheias nos períodos de chuvas, provocando a perda de cultivos nas margens do rio.
Assim, alguns camponeses resolveram cultivar suas culturas no tabuleiro que circunda o Vale do Mamanguape livre das cheias. Para ficar mais próximo dos seus roçados. Os mesmos ergueram suas casa de sapê, próximo a rodagem entre as cidades de Mamanguape e Sapé. Para cobrir as moradias os camponeses utilizavam capim do tabuleiro, dando origem a um vilarejo.
Quando as pessoas tinham que se deslocar de Mamanguape para a capital João Pessoa, o único caminho era a rodagem que ia passar pelo vilarejo das casas de capim (coberta de capim). O que gerou os termos: “Vamos às casas de capim”; “Você foi nas casa de capim”, esse senso comum deu origem ao nome do Município de Capim.
MARCAÇÃO
O topônimo do Município de Marcação é relacionado com a demarcação das terras potiguaras os quais o município de Marcação encontra-se situado. No ano de 17000 o Elrey de Portugal, outorga através de alvará essas terras em favor dos potiguaras da Paraíba. Com a visita do imperador Pedro II em 27 de dezembro de 1859 ao município de Mamanguape-PB, o imperador efetivou a referida doação ao receber uma comitiva de índios potiguaras, originários das sesmarias de São Miguel de Baia da Traição e Monte-Mór ( a época Mamanguape). Tendo as terras recebido alguns marcos divisórios (como mostra a figura ao lado), originando o nome de Marcação. Com o passar dos anos houve corrutela da palavra demarcação para Marcação.
ITAPOROROCA
O Topônimo do município de Itapororoca vem da influência indígena em nossa região, da língua tupy falada pelos índios Potiguara, ou seja, Itapororoca, que dizer Ita (Pedra) e Pororoca (encontro das águas).
Nossa cidade também já foi conhecida como Vila São João de Mamanguape, segundo relatos históricos do século passado, um fato lendário acontecido, sem comprovação exata, teria motivado esse primeiro topônimo. Abaixo relatamos a história:
“Em meados do Século XVIII um homem conhecido como João Batista fez uma viagem para o norte do país a procura de riquezas, chegando a tal destino o mesmo foi aprisionado por nativos desta região "os índios", se vendo a beira de sua morte o mesmo fez uma promessa para seu santo de devoção (no caso joão Batista) se o mesmo fosse solto e conseguisse voltar para sua terra natal construiria uma capela e colocaria o nome de São João Batista, assim aconteceu, o mesmo foi solto pelos nativos, conseguiu uma grande quantidade de bens, voltou para sua terra mãe e construiu uma capela em homenagem a São João, daí o começo da história da cidade (Vila de São João de Mamanguape, logo depois Itapororoca)”.
CUITÉ DE MAMANGUAPE
Nem sempre o topônimo do município de Cuité de Mamanguape foi assim, o primeiro topônimo de nossa região era Cuité de Chica Gorda. O nome Cuité por causa da grande quantidade de pé de cuité, que havia na região. E Chica Gorda por causa de uma senhora que era dona de quase todas as terras de Cuité. O curioso e que a senhora Francisca ou Chica não era gorda, era magra de mais, chegava a ser tisga. E por gozação a chamavam de Chica Gorda ou os Cuité de Chica Gorda.
Quando o distrito passou a ser município, o topônimo Cuité de Chica Gorda foi modificado para Cuité de Mamanguape, sendo o termo Mamanguape justificado visto que o município esta localizado no vale do rio Mamanguape.
BAIA DA TRAIÇÃO
O Topônimo do município de Baía da Traição, possui três versões que ganharam mais ênfase e consistência na memória popular. A versão dos náufragos, da catequese e da Cartografia de Américo Vespúcio. Talvez jamais saibamos qual das versões e a correta, ou se o motivo da Baia de Acajutibiró receber o topônimo de Baia da Traição esteja realmente relacionado aos descritos pelos anciões.
No entanto e certo que a Baia da Traição foi um dos primeiros locais visitado e explorado pelos ultramarino. Já entre os anos de 1501 a 1505 o que torna nossa cidade penta centenária. Para aprofundarmos a origem do nome do nosso município abaixo segue as três principais versões para o topônimo escolhido.
A VERSÃO DOS NÁUFRGOS
Uma das versões remete aos anos de 1503 a 1505, segundo Gabriel Soares (Tratado Descritivo do Brasil/1587) alguns navios de bandeira castelhana e portuguesa ao tentar adentrar a Baia de Acajutibiró, naufragaram ao se defrontarem com os arrecifes existente.
Os náufragos que conseguiram nadar até a praia foram mortos pelos potiguara. No entanto, não existe registro sobre nenhum naufrágio no litoral paraibano, naquela época. O que enfraquece a versão de que a baia de Acajutibiró teria recebido o topônimo de Baia da Traição pelo naufrágio de algumas embarcações.
A VERSÃO DA CATEQUESE
Outra versão que norteia a escolha do topônimo de Baia da Traição para a Baia de Acajutibiró, data do ano de 1505, com a chegada de dois frades franciscanos, a terra dos potiguara com a intenção de catequizar os silvícolas.
O Padre Rafael Galanti (História do Brasil) descreve que os frades ao tentar contato para a catequese foram recebidos amigavelmente pelos índios e depois mortos, ou seja, demosntraram simpatia e depois os traíram daí o topônimo Baia da Traição.
VERSÃO DA CARTOGRAFIA DE AMÉRICO VESPÚCIO
Entre todas as versões apresentadas ao longo dos anos. A mais lembrada pelos anciões refere-se ao ano de 1501, com a primeira expedição exploradora da qual participou o famoso Cartógrafo Américo Vespúcio. Abaixo apresentamos o texto “A Baia onde ocorreu a traição” que sistematiza essa passagem histórica.
A BAIA ONDE OCORREU A TRAIÇÃO
Entre todos os territórios Potiguara, sem sombra de dúvida a Baía da Traição têm uma importância singular. Afinal foi lá que os índios Potiguara tiveram o primeiro contato com o não-índio.
Já no ano de 1501 a expedição exploradora de André Gonçalvez, em visita ao litoral do nordeste brasileiro ancorou na Baía de Acajutibiró (Caju Azedo), que posteriormente seria batizada como Baía da Traição. O cartógrafo genovês Américo Vespúcio estava embarcado , e a ele teria cabido a denominação de Baia da Traição a Baia de Acajutibiró dos Potiguara.
Segundo as crônicas dos ultramarinos o motivo para ter sido Colocado este nome na Baía dos Potiguara, foi que quando a expedição exploradora se aproximou de uma baia ao norte do rio Paraíba foi avistado vários e constantes fogueiras e sinais de fumaça, o que fez a tripulação acreditar que os mesmos estavam lhes convidado para ir a terra firma. Dois tripulantes por iniciativa própria resolveram descer até a praia com a autorização do Capital para contatar os sívilculas, os mesmos teriam o prazo de cinco dias para regressar, assim que desceram em terra firme adentraram a mata acompanhados dos nativos, durante a sucessão dos dias, os nativos continuavam a vim a praia sem a presença dos nossos.
No sétimo dia dirigimos de novo a praia, e percebemos que dessa vez acompanhando os índios estavam suas mulheres, que manifestaram a vontade de se comunicar conosco através de acenos e sinais que chamavam a atenção dos nossos. O capitão decidiu enviar entre elas um jovem tripulante, para acompanhá-las, inicialmente elas o circundarão o apalpando maravilhadas, até que uma índia desce do monte além da praia com um estaca, dando uma cacetada em nosso macebo que caiu morto na praia, sendo arrastado pelas demais até o monte, onde o mesmo foi esquartejado, assado e comido. Alguns entre eles faziam sinais que davam a entender que aquele teria sido o mesmo fim dos dois tripulantes enviado inicialmente a eles.
Aquele ultraje fortaleceu entre nós a idéia de uma cena de canibalismo, no entanto o que aconteceu foi um ritual antropofágico (ritual cultural, aonde os potiguara acreditavam que se alimentando de seus prisioneiros adquiriam suas qualidades e energias).
Toda essa movimentação pode ser vista ao longe por Américo Vespúcio que batizou aquela baía como Baia da Traição, em menção a traição vivida pela tripulação.
No decorrer da história a aliança celebrada pela tribo Potiguara com os franceses posteriormente, motivados pela cordialidade dos franceses, o respeito que os mesmos demonstravam aos índios e o interesse que os franceses possuíam no pau-brasil (ibirapitanga), abundante e de qualidade existente nessas terras reforçou entre os portugueses a ideia de uma baia de traidores.
Como no processo de colonização do Brasil prevaleceu o interesse português, fracassando as intervenções dos franceses no nordeste brasileiro o nome Baía da Traição ficou, no entanto, traidores são eles que vieram explorar, dizimar e coagir o nosso povo. Nossa baía não e de traidores e sim de Potiguara.
Cássio Marques/Tel:88534784/email: baraocassio@hotmail.com
BRASIL
Segundo a versão mais defendida pelos etimologistas, o Topônimo de nosso país Brasil vem da grande quantidade de Caesalpinia echinata ou Pau-brasil como e popularmente conhecida essa árvore que existia em abundância pelo nosso litoral. A árvore despertou a atenção dos navegantes, pelo interesse que a mesma despertava nas atividades mercantilistas têxtil da Europa, o Pau-brasil era usado para tingir tecidos. Neste sentido nosso país foi denominado inicialmente de Monte Pascoal por te sido descoberto na época da pascoa, seguido de Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz e enfim Brasil.
PARAÍBA
Já a origem do topônimo do estado da Paraíba vem do termo do tupi-guarani pa`ra (rio) e a`iba (ruim, impraticável), segundo o etimologista Antenor Nascentes. É fato que este topônimo foi atribuído ao principal rio da região (Rio Paraíba) e posteriormente passou a designar a capitania, elevada à condição de província em 1822, e a de estado em 1889 com a proclamação da república.
Entretanto, outras fontes acreditam que essa mesma palavra provém do nome indígena para a arvore Simaruba versicolor, que floresce abundantemente na região e é popularmente denominada da Pau-paraíba.
MATARACA
O topônimo do município de Mataraca vem do tupi (Monte de Formiga), referencia dada pelos Potiguara as bravas formigas “Raca” existente na região e seus formigueiros que destruíam as plantações, ou seja, conforme os agricultores tentavam: matar raca, deu-se origem ao termo Mataraca. A história de nosso município está ligada ao apogeu vivido pela região do Vale do Mamanguape e a cidade de Mamanguape, entre o fim do império brasileiro e o início da república. Em nossa região havia diversos sítios e chácaras que produziam para se comercializar nas feiras da região. Existem relatos de anciões da comunidade que falam dos sítios de Mataraca se referindo a região ao norte do rio Camaratuba. Era comum o termo: “sou lá de Mataraca”. Neste sentido a área dos sítios tornou-se distrito em 1908 e cidade com o topônimo Mataraca em 1966.
RIO TINTO
O primeiro topônimo da cidade de Rio Tinto foi Nova Descoberta dada pelos Lundgren logo após a aquisição do Engenho Preguiça, posteriormente ao observarem um riacho de cor avermelhada que cortava o engenho, rebatizaram o local como Rio Tinto. As águas que eram avermelhada em seu leito, tornava-se límpidas ao ser amparadas, o referido riacho hoje denomina-se Rio do Gelo.
Até chegar a condição de município, Rio Tinto viveu uma evolução territorial que teve inicio nas terras do Engenho Preguiça, propriedade adquirida pela família Lundgren em 1917 para a construção de uma fabrica têxtil que deu origem a Companhia de Tecido Rio Tinto, empreendimento que transformou a região em uma verdadeira cidade atraindo gente de todas as regiões da Paraíba e até alguns estrangeiros.
CAPIM
O Topônimo do município de Capim, justifica-se por registros e relatos extraídos dos anais da história da Paraíba, nos meados do século XVIII, os agricultores que possuíam seus roçados nas proximidades do Rio Mamanguape, sofriam com as cheias nos períodos de chuvas, provocando a perda de cultivos nas margens do rio.
Assim, alguns camponeses resolveram cultivar suas culturas no tabuleiro que circunda o Vale do Mamanguape livre das cheias. Para ficar mais próximo dos seus roçados. Os mesmos ergueram suas casa de sapê, próximo a rodagem entre as cidades de Mamanguape e Sapé. Para cobrir as moradias os camponeses utilizavam capim do tabuleiro, dando origem a um vilarejo.
Quando as pessoas tinham que se deslocar de Mamanguape para a capital João Pessoa, o único caminho era a rodagem que ia passar pelo vilarejo das casas de capim (coberta de capim). O que gerou os termos: “Vamos às casas de capim”; “Você foi nas casa de capim”, esse senso comum deu origem ao nome do Município de Capim.
MARCAÇÃO
O topônimo do Município de Marcação é relacionado com a demarcação das terras potiguaras os quais o município de Marcação encontra-se situado. No ano de 17000 o Elrey de Portugal, outorga através de alvará essas terras em favor dos potiguaras da Paraíba. Com a visita do imperador Pedro II em 27 de dezembro de 1859 ao município de Mamanguape-PB, o imperador efetivou a referida doação ao receber uma comitiva de índios potiguaras, originários das sesmarias de São Miguel de Baia da Traição e Monte-Mór ( a época Mamanguape). Tendo as terras recebido alguns marcos divisórios (como mostra a figura ao lado), originando o nome de Marcação. Com o passar dos anos houve corrutela da palavra demarcação para Marcação.
ITAPOROROCA
O Topônimo do município de Itapororoca vem da influência indígena em nossa região, da língua tupy falada pelos índios Potiguara, ou seja, Itapororoca, que dizer Ita (Pedra) e Pororoca (encontro das águas).
Nossa cidade também já foi conhecida como Vila São João de Mamanguape, segundo relatos históricos do século passado, um fato lendário acontecido, sem comprovação exata, teria motivado esse primeiro topônimo. Abaixo relatamos a história:
“Em meados do Século XVIII um homem conhecido como João Batista fez uma viagem para o norte do país a procura de riquezas, chegando a tal destino o mesmo foi aprisionado por nativos desta região "os índios", se vendo a beira de sua morte o mesmo fez uma promessa para seu santo de devoção (no caso joão Batista) se o mesmo fosse solto e conseguisse voltar para sua terra natal construiria uma capela e colocaria o nome de São João Batista, assim aconteceu, o mesmo foi solto pelos nativos, conseguiu uma grande quantidade de bens, voltou para sua terra mãe e construiu uma capela em homenagem a São João, daí o começo da história da cidade (Vila de São João de Mamanguape, logo depois Itapororoca)”.
CUITÉ DE MAMANGUAPE
Nem sempre o topônimo do município de Cuité de Mamanguape foi assim, o primeiro topônimo de nossa região era Cuité de Chica Gorda. O nome Cuité por causa da grande quantidade de pé de cuité, que havia na região. E Chica Gorda por causa de uma senhora que era dona de quase todas as terras de Cuité. O curioso e que a senhora Francisca ou Chica não era gorda, era magra de mais, chegava a ser tisga. E por gozação a chamavam de Chica Gorda ou os Cuité de Chica Gorda.
Quando o distrito passou a ser município, o topônimo Cuité de Chica Gorda foi modificado para Cuité de Mamanguape, sendo o termo Mamanguape justificado visto que o município esta localizado no vale do rio Mamanguape.
BAIA DA TRAIÇÃO
O Topônimo do município de Baía da Traição, possui três versões que ganharam mais ênfase e consistência na memória popular. A versão dos náufragos, da catequese e da Cartografia de Américo Vespúcio. Talvez jamais saibamos qual das versões e a correta, ou se o motivo da Baia de Acajutibiró receber o topônimo de Baia da Traição esteja realmente relacionado aos descritos pelos anciões.
No entanto e certo que a Baia da Traição foi um dos primeiros locais visitado e explorado pelos ultramarino. Já entre os anos de 1501 a 1505 o que torna nossa cidade penta centenária. Para aprofundarmos a origem do nome do nosso município abaixo segue as três principais versões para o topônimo escolhido.
A VERSÃO DOS NÁUFRGOS
Uma das versões remete aos anos de 1503 a 1505, segundo Gabriel Soares (Tratado Descritivo do Brasil/1587) alguns navios de bandeira castelhana e portuguesa ao tentar adentrar a Baia de Acajutibiró, naufragaram ao se defrontarem com os arrecifes existente.
Os náufragos que conseguiram nadar até a praia foram mortos pelos potiguara. No entanto, não existe registro sobre nenhum naufrágio no litoral paraibano, naquela época. O que enfraquece a versão de que a baia de Acajutibiró teria recebido o topônimo de Baia da Traição pelo naufrágio de algumas embarcações.
A VERSÃO DA CATEQUESE
Outra versão que norteia a escolha do topônimo de Baia da Traição para a Baia de Acajutibiró, data do ano de 1505, com a chegada de dois frades franciscanos, a terra dos potiguara com a intenção de catequizar os silvícolas.
O Padre Rafael Galanti (História do Brasil) descreve que os frades ao tentar contato para a catequese foram recebidos amigavelmente pelos índios e depois mortos, ou seja, demosntraram simpatia e depois os traíram daí o topônimo Baia da Traição.
VERSÃO DA CARTOGRAFIA DE AMÉRICO VESPÚCIO
Entre todas as versões apresentadas ao longo dos anos. A mais lembrada pelos anciões refere-se ao ano de 1501, com a primeira expedição exploradora da qual participou o famoso Cartógrafo Américo Vespúcio. Abaixo apresentamos o texto “A Baia onde ocorreu a traição” que sistematiza essa passagem histórica.
A BAIA ONDE OCORREU A TRAIÇÃO
Entre todos os territórios Potiguara, sem sombra de dúvida a Baía da Traição têm uma importância singular. Afinal foi lá que os índios Potiguara tiveram o primeiro contato com o não-índio.
Já no ano de 1501 a expedição exploradora de André Gonçalvez, em visita ao litoral do nordeste brasileiro ancorou na Baía de Acajutibiró (Caju Azedo), que posteriormente seria batizada como Baía da Traição. O cartógrafo genovês Américo Vespúcio estava embarcado , e a ele teria cabido a denominação de Baia da Traição a Baia de Acajutibiró dos Potiguara.
Segundo as crônicas dos ultramarinos o motivo para ter sido Colocado este nome na Baía dos Potiguara, foi que quando a expedição exploradora se aproximou de uma baia ao norte do rio Paraíba foi avistado vários e constantes fogueiras e sinais de fumaça, o que fez a tripulação acreditar que os mesmos estavam lhes convidado para ir a terra firma. Dois tripulantes por iniciativa própria resolveram descer até a praia com a autorização do Capital para contatar os sívilculas, os mesmos teriam o prazo de cinco dias para regressar, assim que desceram em terra firme adentraram a mata acompanhados dos nativos, durante a sucessão dos dias, os nativos continuavam a vim a praia sem a presença dos nossos.
No sétimo dia dirigimos de novo a praia, e percebemos que dessa vez acompanhando os índios estavam suas mulheres, que manifestaram a vontade de se comunicar conosco através de acenos e sinais que chamavam a atenção dos nossos. O capitão decidiu enviar entre elas um jovem tripulante, para acompanhá-las, inicialmente elas o circundarão o apalpando maravilhadas, até que uma índia desce do monte além da praia com um estaca, dando uma cacetada em nosso macebo que caiu morto na praia, sendo arrastado pelas demais até o monte, onde o mesmo foi esquartejado, assado e comido. Alguns entre eles faziam sinais que davam a entender que aquele teria sido o mesmo fim dos dois tripulantes enviado inicialmente a eles.
Aquele ultraje fortaleceu entre nós a idéia de uma cena de canibalismo, no entanto o que aconteceu foi um ritual antropofágico (ritual cultural, aonde os potiguara acreditavam que se alimentando de seus prisioneiros adquiriam suas qualidades e energias).
Toda essa movimentação pode ser vista ao longe por Américo Vespúcio que batizou aquela baía como Baia da Traição, em menção a traição vivida pela tripulação.
No decorrer da história a aliança celebrada pela tribo Potiguara com os franceses posteriormente, motivados pela cordialidade dos franceses, o respeito que os mesmos demonstravam aos índios e o interesse que os franceses possuíam no pau-brasil (ibirapitanga), abundante e de qualidade existente nessas terras reforçou entre os portugueses a ideia de uma baia de traidores.
Como no processo de colonização do Brasil prevaleceu o interesse português, fracassando as intervenções dos franceses no nordeste brasileiro o nome Baía da Traição ficou, no entanto, traidores são eles que vieram explorar, dizimar e coagir o nosso povo. Nossa baía não e de traidores e sim de Potiguara.
Cássio Marques/Tel:88534784/email: baraocassio@hotmail.com
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